Acredito que durante a sua atuação como psicólogo clínico muitas dúvidas acabem surgindo:

- Será que o paciente está se vinculando ao trabalho terapêutico?

- O que o paciente comunicou faltando na sessão de hoje?

- E o contrato que fazemos com o paciente? Podemos ser mais flexíveis ou devemos definir contornos bem específicos?

- Qual o diagnóstico do paciente? E como agir terapeuticamente a partir deste diagnóstico?- Como interpretar o conteúdo apresentado pelo paciente? Em que momento?

- Como lidar com situações graves em que o paciente está em risco?

Dúvidas como estas fazem parte do nosso fazer clínico, pois cada paciente nos trás demandas diferentes e nos faz questionar qual seria a melhor forma de intervenção terapêutica no caso dele.

O problema é que, por mais que estudemos e que tenhamos uma formação consistente, na prática nos deparamos com problemas, dificuldades e dilemas que não podem ser solucionados com a leitura do capítulo de um livro.

É também parte de nosso fazer profissional discernir como usar a teoria que aprendemos para solucionar os problemas práticos com os quais vamos nos deparando durante o fazer clínico. Sempre digo que, neste sentido, nosso fazer é "artesanal", pois precisamos construir o nosso fazer de um modo muito pessoal. Precisamos construir uma ponte entre o repertório teórico que acumulamos e as questões muito práticas que os paciente nos trazem. E é aí que está tanto a riqueza como a dificuldade de nosso fazer profissional.